quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Intertextuali... o quê?

INTERTEXTUALIDADE!!!



Muitos ao se depararem com esse nome nem fazem a mínima ideia do quão essa palavra está presente em sua vida, em cada palavra proferida ou escutada, em cada leitura feita, em cada contemplação de um quadro, filme, comercial ou música. Esperamos que esse blog possa conceituar de forma simples e de fácil compreensão esse, até então , desconhecido termo. Logo você perceberá que a intertextualidade, apesar de não ser um cão, esteve "sempre ao teu lado".



Conceito: 

Intertextualidade como o nome já diz é a relação entre textos, o diálogo entre eles, mas antes de adentrarmos o conceito de intertextualidade é necessário compreender o que é Texto. 

Um texto pode ser escrito ou oral e, em sentido lato, pode ser também não verbal. Sendo assim, podemos considerar como texto: um romance, um filme, um anúncio, uma música. 


Dito isto, voltemos ao tema central: 
A intertextualidade pode ser intencional ou não, implícita ou explícita. Um fator importantíssimo é a "visão de mundo" do receptor. Aqui nos faz necessário, também, pontuar o conceito de "visão de mundo".


"[...]Costuma-se chamar uma visão de mundo como a perspectiva com a qual um indivíduo, uma comunidade ou uma sociedade enxergam o mundo e seus problemas em um dado momento da história, reunindo em si uma série de valores culturais e o conhecimento acumulado daquele período histórico em questão." (wikipedia)


Ou seja, é o conhecimento que o individuo adquire a partir da sua vivência. 

Então, exposto estes conceitos, podemos dizer que intertextualidade é a relação entre textos, sendo esse texto verbal ou não, e que conta com a "visão de mundo" do receptor para ser identificada. Sendo assim, um indivíduo pode perceber um elemento intertextual e o outro não. Tudo depende dos conhecimentos adquiridos. 








A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original"

(Albert Einstein)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

TIPOS:

Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas.
Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos,um texto já existente,"relembrando" a mensagem original ao interlocutor.
Epígrafe - constitui uma escrita introdutória.
Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto anterior, visando a ironia ou a crítica.
Pastiche - uma recorrência a um gênero.
Tradução - a tradução está no campo da intertextualidade porque implica a recriação de um texto
Referência e alusão - recorre a um fato histórico



Dividimos os exemplos de cada tipo dentro de grupos como: "na música", "no cinema", "nas artes plásticas", "na tv" que são as páginas acima. 
Vamos lá! (Let´s Go!)

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Conceituando os tipos

a)   Citação

É quando o texto que é produzido transcreve de forma precisa a idéia de outro texto. É elemento indispensável na citação referenciar o autor, caso contrário pode-se considerar tal ato como apropriação indébita. Apropriação indébita é o crime previsto no artigo 168 do Código Penal Brasileiro. No entanto, em algumas músicas pode faltar tal referência, como é o caso da música Monte Castelo da banda Legião Urbana, mas esse caso não é configurado apropriação indébita, pois o autor tem licença poética para isso.

No entanto, é comum ver referências dentro da própria música. O no álbum Manual de Mulher (Dhi Ribeiro, 2009) contém uma música homônima que cita “o mundo é um moinho” do grande poeta Cartola gravada em 1976. O autor, como veremos a baixo, é indicado na canção. Dessa forma, esses elementos de intertextualidade configuram uma citação.

Ouça-me bem, amor, preste atenção, o mundo é um moinho, vai triturar seus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões a pó.” (O Mundo é um moinho, Cartola)

“[...] Já falou Cartola ‘o mundo é um moinho’[...]” (Manual de Mulher, Dhi Ribeiro)

Citação é um tipo muito amplo e pode ser encontrado em livros, filmes, quadros e etc.

b)   Paráfrase

Paráfrase está ligada, de certa forma, ao exemplo visto acima. Porém se na citação o texto ou parte dele é transcrita de maneira precisa, aqui o autor pode escrever de maneira diferente. No entanto, não se pode perder o sentido, este tem que ser o mesmo.

c)   Epígrafe

Como o próprio nome já diz, constitui uma escrita introdutória, o que vem antes. É normalmente uma citação e é colocada antes do início do trabalho, do livro, do filme e etc. Essa citação normalmente tem uma relação com o conteúdo que será abordado. Em outros casos, não. Como é o exemplo dos livros de Paulo Coelho que segue um padrão para todos os livros, suas epigrafes são sempre partes do livro de Lucas da Bíblia.

d)    Paródia

É a reconstrução de uma música, onde se modifica apenas a letra e se mantêm os arranjos, a linha melódica, as rimas e a parte instrumental. Muitas vezes as paródias são usadas como meio de critica, seja Ela ao autor da obra quanto ao governo, entre outros alvos dos “parodiadores”.

e)    Pastiche

É basicamente uma paródia de um filme, de uma pessoa, de um quadro.
Tem também o seu sentido cômico e é usada muitas vezes como forma de criticar algo. Abaixo veremos dois exemplos de pastiche, uma caricatura da Presidenta Dilma Rousseff e da serie crepúsculo feita pelo Casseta e Planeta, programa da rede globo .

f)     Tradução

Tradução é a simples tradução de um texto, livro, música ou tudo que permita essa “troca” de idiomas. Muito comum em livros estrangeiros que ao chegar aos outros países necessitam de uma tradução. O Best-Seller, de Dan Brawn, O Código Da Vinci é a tradução do livro original de nome The Da Vinci Code é um bom exemplo desse tipo de intertextualidade. Esse tipo, apesar de muito popular, é mais restrito que os demais.


g)    Referência e Alusão.

Não deve existir nenhuma outra música que contenha tantos elementos de alusão histórica do que a canção Há Dez mil anos atrás (Raul Seixas,1976) contida no álbum de mesmo nome. Essa canção como o próprio nome já sugere, narra um “ser” que nascera a dez mil anos atrás. Esse título também nos trás uma intertextualidade, pois faz referência a era do deus Hórus, elementos místicos da sociedade alternativa e temas recorrentes nas canções do “Maluco beleza”. Abaixo veremos um trecho dessa canção. 

                       . 
“[...]Eu vi Cristo ser crucificado,o amor nascer e ser assassinado, eu vi as bruxas pegando fogo pra pagarem seus pecados [... ]Eu vi Moisés cruzar o mar vermelho, vi Maomé cair na terra de joelhos, eu vi Pedro negar Cristo por três vezes diante do espelho[...]Eu vi as velas se acenderem para o Papa,
vi Babilônia ser riscada do mapa, vi Conde Drácula sugando o sangue novo
e se escondendo atrás da capa. Eu vi a arca de Noé cruzar os mares, vi Salomão cantar seus salmos pelos ares, eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta, pro quilombo dos palmares[...]”